ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Afroteca Willivane Melo comemora três anos de funcionamento e celebra o avanço dos espaços de educação antirracista

27/08/25 08:00

Uma programação especial na última segunda-feira (25), marcou o aniversário de três anos de funcionamento da Afroteca Willivane Melo, instalada no Theatro Vitória, em Santarém. Os convidados e crianças da rede de ensino municipal tiveram apresentação de dança, contação de histórias, roda de capoeira, parabéns e lanche. Nesses três anos, a afroteca já recebeu quase 100 turmas e cerca de 2 mil  visitantes. 

A afroteca é uma iniciativa pioneira voltada para a educação antirracista, resultante de parceria do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do MPPA (Nierac), com o projeto Kiriku/AFROLIQ (Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-Amazônica e Quilombola) da Universidade Federal Oeste do Pará (Ufopa). A Afroteca Willivane Melo foi a primeira, e nove já foram instaladas na região desde 2022, incluindo uma em comunidade quilombola e uma na Ufopa, no campus Tapajós. 

Nesses três anos, quase 2 mil visitantes foram recebidos no espaço, que funciona regularmente no Theatro Vitória, no centro da cidade, onde também funciona o Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac) do MPPA e o programa Ministério Público e a Comunidade. 

A promotora de Justiça Lílian Braga, coordenadora do Nierac, ressaltou o êxito do projeto como tecnologia de educação e de combate ao racismo, por isso a articulação para a instalação em outros espaços. “Ter uma afroteca é ter dentro de sua instituição uma possibilidade não só de atender crianças, mas também de promover letramento racial a todos que ali estão. Então celebrar esses três anos é celebrar um grande avanço de combate ao racismo que nós temos aqui em Santarém, e que acaba se projetando para todo o Estado do Pará”, disse.

O professor Luiz Fernando França, coordenador do projeto Kiriku, destacou o desafio de construir espaços antirracistas numa sociedade atravessada pelo racismo. “A região oeste do Pará é referência na construção das afrotecas, mas o grande desafio nosso hoje é levar para outros municípios, para fora do Estado do Pará e para outros Estados do Brasil”, disse. O espaço é marco para a educação antirracista, em afrocentramento, sendo “um lugar de acolhimento e de construção de uma sociedade melhor”, concluiu o professor.  

    

A comemoração incluiu também contação de histórias pelo ator e artista visual Francisco Egon, roda de capoeira, e encerrou com parabéns e lanche para as crianças. 

Assessoria de Comunicação

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