No dia 22 de agosto, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da Promotoria de Justiça de Jacundá, promoveu uma audiência pública com o tema "Diagnóstico Precoce e Inclusão Escolar de Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)". O evento foi realizado na Praça do Céu e reuniu cerca de 180 pessoas, entre autoridades locais, profissionais da rede pública, representantes de instituições e membros da comunidade.

A mesa de abertura contou com a participação da promotora de Justiça Aline Cunha, secretários municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, da representante da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), além do presidente da Câmara Municipal de Vereadores.

Durante a audiência, foram apresentados dados, depoimentos e relatos de redes de apoio e famílias que enfrentam dificuldades relacionadas ao diagnóstico precoce e à inclusão escolar. Um dos momentos mais emocionantes do evento foi a apresentação cultural realizada por crianças atendidas pela APAE de Jacundá. A performance de dança simbolizou, de forma sensível, a importância da inclusão e da valorização das potencialidades de cada criança.

Encaminhamentos finais

Ao final da audiência, foram definidos encaminhamentos importantes com foco na melhoria do atendimento a crianças com TEA. Dentre eles, destacou-se a necessidade de ampliar a capacitação de professores e profissionais de apoio, assegurando que estejam preparados para atuar efetivamente no processo inclusivo. Também foi ressaltada a urgência de buscar alternativas viáveis para a contratação de cuidadores e profissionais especializados, diante do reduzido número desses profissionais disponíveis na rede municipal.

Outro ponto de consenso foi o fortalecimento da rede de apoio interdisciplinar, com a aproximação entre as áreas de saúde, educação e assistência social, permitindo que as famílias recebam acompanhamento contínuo e mais eficaz. Além disso, foi pactuada a realização de campanhas de sensibilização voltadas à sociedade, com o objetivo de reforçar a importância tanto da inclusão escolar quanto da detecção precoce do Transtorno do Espectro Autista.

 

Texto: Hannah Franco/Ascom, com informações da PJ de Jacundá