O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) através da promotora de Justiça da Educação e Direitos Humanos, Leane Barros Fiuza de Mello, realizou, na terça-feira, 24 de setembro, uma visita institucional à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Lauro Sodré. A ação teve ênfase para a demanda de reestruturação de sua Banda Sinfônica da Escola, existente desde 1857. 

Ainda durante o encontro, a promotora de Justiça Leane Fiuza também promoveu uma reunião com os estudantes na biblioteca da instituição, onde expressaram o desejo de retornar às atividades da banda sinfônica na rotina escolar. 

“A banda apresenta algumas características que poderiam ser boas para a gente e para a escola, porque eu acho que seria mais do que uma atração, seria como se fosse uma diversificação de atividades aqui, já que a gente não possui muitas ações assim, que possam realmente melhorar o nosso conhecimento”, disse Alycia Duarte, estudante do segundo ano do Ensino Médio.

A Banda Sinfônica Lauro Sodré é a banda de música mais antiga do Pará e também do Brasil, tendo como principal política a inserção do estudo musical para alunos da rede pública de ensino. Segundo o professor e regente da banda sinfônica Lauro Sodré, Silas Borges, a atividade musical é uma oportunidade de o aluno desenvolver habilidades que contribuem para o seu futuro caminho profissional. 

“Quando a banda está dentro da escola o aluno aprende, toca, se aperfeiçoa, pois a banda e a música são geradoras de emprego e renda. Ele chega num certo nível que ele pode prestar concursos para as Forças Armadas, para os auxiliares, para as orquestras, e sai já, muitas vezes, do ensino básico para o ensino superior de música. Então, é uma oportunidade de mostrar para o aluno que ele tem realmente um grande material de educação nas mãos dele", completa o professor Silas.

Na ocasião, os estudantes também relataram questões acerca do processo de gestão democrática escolar, que é essencial para perceber e resolver os problemas da unidades educacionais. De acordo com a promotora de Justiça, foi uma oportunidade muito frutífera, "pois os alunos conseguiram expressar todas as suas angústias e anseios, indicando o que realmente precisa ser feito para revitalizar o saudável e democrático ambiente na entidade escolar". 

“Na reunião com os estudantes nós percebemos uma série de desafios que precisam ser superados para que a escola tenha um desenvolvimento mais exitoso do ponto de vista da democracia”, relatou a promotora de Justiça Leane Fiuza.

Visando promover a resolução dos problemas relatados, a Promotoria de Justiça da Educação planeja realizar nova visita e reunião com o corpo estudantil, prevista para ocorrer em meados de novembro.

Texto: Bianca Galhardo (Ascom/MPPA)

Fotos: Kauan Saraiva (Ascom/MPPA)