ATENDIMENTO AO CIDADÃO

MPPA realiza seminário em Juruti para debater justiça climática, direitos territoriais e educação das comunidades tradicionais

Juruti 17/02/25 14:00

No último dia 10 de fevereiro foi realizado, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Escola Zelinda de S. Guimarães, em Juruti, o seminário COP 30: Justiça Climática, Direitos Territoriais e Educação das Comunidades Tradicionais, para discussão sobre a indução de políticas públicas de segurança alimentar, especialmente para atender a população quilombola, indígena, do campo, das florestas e das águas. O evento foi promovido pelo Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac), Núcleo Agrário e Fundiário (NAF) do MPPA, Promotoria de Justiça de Juruti e Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF).

A promotora de Justiça Lilian Regina Furtado Braga abriu o evento destacando sua conexão com Juruti e a importância da iniciativa para a garantia de direitos das comunidades tradicionais. Entre os participantes estavam os promotores de Justiça Antônio Borgas, Ione Missae da Silva Nakamura e Dereck Luan Vasconcelos, além de defensores públicos, gestores municipais e representantes indígenas e quilombolas.

 

A programação incluiu mesas de discussão com especialistas e lideranças comunitárias, onde o promotor de Justiça Dereck Luan Vasconcelos ressaltou os impactos das mudanças climáticas nos territórios tradicionais e a necessidade de políticas construídas em diálogo com as comunidades. “Quando se fala em mudanças climáticas, nós, povos indígenas, somos os primeiros a sentir. Precisamos de políticas que respeitem nossos saberes ancestrais”, afirmou.

Jonas Tavares, liderança quilombola, enfatizou a luta pela regularização fundiária e o impacto da burocracia na garantia de direitos territoriais. A professora Roberta Lima, da Universidade Federal Fluminense (UFF), abordou os desafios da segurança alimentar e a necessidade de valorização dos saberes tradicionais na gestão dos recursos naturais.

 

Um dos momentos mais marcantes do evento foi a assinatura do Pacto pela Educação do Campo, Indígena e Quilombola pela Prefeitura Municipal de Juruti e a Secretaria de Educação, reafirmando o compromisso com um ensino inclusivo e contextualizado. Nesse contexto, a promotora Lilian Braga destacou: “Pensar em educação de qualidade não é apenas garantir acesso à escola, mas sim um ensino que respeite as especificidades das comunidades tradicionais.”

Assessoria de Comunicação

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