No último dia 28 de janeiro, na sede das Promotorias de Justiça de Santarém, foi realizada reunião com o Núcleo de Igualdade Étnico-Racial (Nierac) do MPPA, os representantes do projeto Raízes Fortalecidas e a deputada estadual Maria do Carmo Martins Lima, sobre as atividades realizadas e o projeto de lei relacionado à política pública de plantas medicinais no município de Santarém, para que seja verificada a possibilidade de ser viabilizada para todo o Estado.

O projeto Raízes Fortalecidas é executado por meio de parceria do Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac) do MPPA com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Arquidiocese de Santarém, sendo relacionado ao projeto FarmaFittos, desenvolvido desde 2021 pela Arquidiocese e Ufopa.

As ações foram apresentadas à deputada pela promotora de Justiça Lilian Braga, coordenadora do Nierac, o professor Wilson Sabino, que coordena o projeto e a representante da Cáritas da Arquidiciosece de Santarém, Francely Brandão. Foi informado sobre o canteiro de plantas medicinais no espaço Emaús e o banco de germoplasma, iniciativa feita em conjunto com a Ufopa, além da recente atividade de plantio da Uncaria tomentosa (unha de gato), planta medicinal que está em extinção.

De acordo com os executores do projeto Raízes Fortalecidas, todas essas ações podem ser alavancadas, uma vez que as plantas medicinais trazem a perspectiva de atender não somente as questões de saúde da população, mas de desenvolvimento e reconhecimento de protocolos para sua utilização nas unidades básicas de saúde.

Foi apresentado o projeto de lei que está sendo proposto para Santarém, com a ideia de verificar a apresentação na Assembleia Legislativa do Pará, para uma política pública de medicamentos e de plantas medicinais para o Estado, com médicos e equipes de saúde capacitadas para a utilização dos protocolos, bem como para divulgação do conhecimento tradicional das plantas de cura.

A deputada deu diversas sugestões, como conectar o projeto com outras instituições que trabalham na produção de insumos em Santarém, a exemplo da Cooperativa Agroextrativista do Oeste do Pará (ACOSPER), que produz óleos de cumaru, andiroba, copaíba, e outros produtos que poderiam fazer parte da produção. Foi combinado novo encontro para discutir como o tema pode ser tratado na Alepa e junto ao governo do Pará.

Assessoria de Comunicação